Médico atende gatinho com 40°C de febre e descobre que havia sido atingido com arma de chumbinho

Em 2017, Amanda Stephanie, de Belo Horizonte (MG), encontrou um gato no quintal de sua casa com três perfurações na região das costelas. Ele estava faminto e precisava de cuidados com urgência.

Amanda decidiu ficar com o felino, a quem batizou com o nome de 'Perigoso'. Ele se deu super bem com o cachorro da família, Bilu, e hoje, três anos depois, eles são mais do que amigos, nas palavras da dona, "mas irmãos". A jovem costuma dizer que seu cão adotou Perigoso, acolhendo-o melhor do que ela.

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Os primeiros dias foram de difícil aproximação: o gato não deixava Amanda se aproximar e preferia ficar com Bilu. Foram quatro semanas assim. Ele passava o dia lambendo as perfurações, que a jovem acreditava que eram mordidas de cachorro. "Eu jurava que era, pois os furos eram pequenos", relembra.

O tempo se passou, os 'furos' do bichano cicatrizaram e ele se integrou à família.

Há alguns dias, pela manhã, Perigoso acordou com uma febre de 40°C. Sem pensar duas vezes, Amanda levou-o ao veterinário.

"Eu sempre reparei que ele tinha uma coisa por debaixo da pele na pata direita da frente. Mas pensava: 'deve ser algum microchip como ele foi adotado'. Nunca o atrapalhou em nada então não pensei ser nada grave", afirmou a tutora.

Só que durante a consulta, veio o susto: o veterinário descartou a possibilidade da cicatriz ser um microchip. Na verdade, ele disse que era uma bala!

"Fiquei sem acreditar... pensei: 'Uma bala? Esse cara tá ficando doido'", relembra Amanda.

Foi feito um exame de raio-X e constatou-se que não se tratava apenas de uma bala, mas 3. Perigoso foi vítima de um criminoso, que atirou três vezes contra ele usando uma arma de chumbinho.

"Aqueles furinhos nas costas que eu pensava serem mordidas eram furos de balas", lamentou a jovem. "Fico pensando a que ponto o ser humano pode chegar, dar 3 tiros num animal indefeso!".

Quando Amanda e Bilu adotaram Perigoso, ele era apenas um filhote: tinha seis meses de vida.

"O único refúgio que o Perigoso encontrou foi o Bilu. O meu cachorro o acolheu e lambeu suas feridas até sarar!", disse Amanda.

"E o ser humano que deveria acolher e proteger deu 3 tiros nele. Graças a Deus as balas não o afetam em nada, mas, queremos fazer a retirada pois pode liberar chumbo no organismo dele e acabar levando a óbito com o passar dos anos", concluiu a dona.

Ah, e o gatinho, de 'Perigoso' mesmo não tem nada! "O nome dele é assim porque é perigoso se apaixonar por ele! De tão bonito que ele é!", brincou a mineira.