Os cachorros também envelhecem. Isso quer dizer que com o passar dos anos, eles também sofrem a ação do tempo. Logo, os impactos aparecem fisicamente, emocionalmente e em todas as outras áreas da vida deles. Quem tem um cachorro idoso precisa estar atento.
Dessa forma, entender o processo de envelhecimento dos animais é o primeiro passo para ajudar eles nessa nova fase da vida. Até mesmo porque os sinais podem ir além dos pelos grisalhos. A saúde do cão também passará por mudanças e você precisa saber disso.

Como saber se o cachorro está idoso
Na teoria, a gente tem uma regra que diz que cachorros a partir dos 8 anos de vida já entram na fase da velhice. Quando eles passam dos 12 anos, os cuidados com o cachorro devem ser ainda mais intensos porque é considerada uma idade avançada para cães.

Além do pelo grisalho e dos focinhos mais claros, existem outros modos de considerar a fase da vida canina. Inclusive, considere que um cachorro idoso não é um cachorro doente. Por isso, ele pode ter uma vida saudável e com os mesmos hábitos de antes.
As alterações na pele, o surgimento de cáries nos dentes, a mudança de peso, o mal funcionamento dos sentidos e outros fatores podem ser observados para indicar essa fase que passa da adulta para a velhice. No entanto, o meio mais indicado é procurar ajuda veterinária.
1 - A alimentação do cachorro idoso
Os cachorros mais velhos possuem um sistema digestivo e de absorção de alimentos mais lenta. Logo, eles precisam de uma alimentação que seja de fácil digestão. Isso inclui porções diárias de ração que seja rica em proteínas.

Alguns cães mais velhos podem ter tido problemas dentários ao longo da vida. Isso pode ocasionar o fato de que eles estão sem a dentição correta agora. Então, o que fazer? Uma boa ideia é apostar em uma alimentação mais pastosa, que é acrescida de água.
Se você está pensando em substituir a ração ou cardápio do seu pet porque ele está mais velho, uma boa dica é procurar o veterinário. Até mesmo porque não é indicado que ele fique muito tem sem comer. Hoje em dia, existem rações para cães idosos, como da Cibau, Guabi Natural, Biofresh, Premier, Proplan, Hill’s.
2 - O sono do cachorro idoso
Outro cuidado importante que se deve ter é relacionado ao sono do cachorro. Diferente dos humanos, os cachorros idosos tendem a dormir mais, além do fato de que optam por passar mais parte do dia deitados (mesmo que não estejam dormindo).

Logo, não vai ser comum encontrar um cão velhinho correndo com a mesma disposição que ele tinha quando era jovem. Isso é natural e faz parte da vida dele, está bem? O repouso e o horário de sono mais estendidos são percursos comuns nessa vida fase da vida deles.
Em termos de horas, a gente pode mencionar aqui os padrões, mas nem sempre eles serão regras, está bem? Quando jovens, eles possuem apenas 20% ou 30% do tempo ativo. Quando se tornam idoso, isso indica um tempo menor ainda, o que pode ser 18 horas de sono por dia.
3 – A socialização dos cachorros idosos
Um fato muito comum é que os cachorros idosos não tenham tanto interesse em se socializar com os outros amigos cães. Aliás, essa é uma preocupação de muita gente, que não sabe que isso também pode acontecer de modo natural e até mesmo comum.

A primeira motivação para isso acontecer é que eles não possuem a mesma afeição ou disposição para os novos amigos. Além disso, outros pets podem deixá-los agitados demais, o que não é interessante nessa altura do campeonato.
Assim, eles acabam tendo um comportamento menos móvel e de mais experiência. Portanto, podem ficar acuados, estressados e até se sentirem com o seu espaço invadido. É preciso respeitar esse momento solitário que eles possuem.
4 – As atividades dos cachorros idosos
No tópico acima vimos sobre a socialização dos pets mais velhos. Isso também se relaciona com as atividades diárias e físicas deles. Devido a mobilidade, que é reduzida de modo natural, a rotina deles deverá ser diferente a partir de agora.

Com a idade avançada, os cachorros poderão continuar com os passeios e brincadeiras, só que isso será menos intenso. O cuidado está justamente em dosar essa diminuição de intensidade, com a quantidade e a duração dos exercícios. Ou seja, será preciso adaptar a rotina.
Da mesma forma, não é uma boa ideia pausar essa rotina. Isso poderia trazer problemas para o pet. Logo, habituar-se a caminhadas mais curtas é muito mais indicado do que parar com as caminhadas, entende? O importante é entender o envelhecimento dos cães e ajudar eles.
5 – O incentivo aos cuidados paliativos
A verdade é que quase nenhum veterinário gosta de usar essa palavra, “paliativo”. No entanto, a gente usou para que fique claro qual é a ideia: tomar os devidos cuidados visando uma prevenção de doenças e uma melhor qualidade de vida dele. Ou seja, não é emergencial.

Vamos ao exemplo. Dependendo da mobilidade do cão, se ela for muito afetada, vale a pena introduzir aulas de natação ou de fisioterapia canina. Além disso, a higiene, com os banhos frequentes e a escovação dos dentes, também se tornam imprescindíveis para essa fase.
Isso porque qualquer falta de cuidado agora pode ser muito grave, já que até a imunidade dele fica mais baixa. Os banhos ajudam não apenas ele ficar cheirosinho, mas também evitar doenças, como pulgas e carrapatos. Então, incentive esse tipo de cuidado, sempre.
6 – A adaptação do ambiente para o cão idoso
Após ler todos os tópicos acima, essa informação vai parecer um tanto quanto óbvia, só que nunca é demais reforçar. Saiba que o ambiente do cão precisará de adaptações. Afinal, ele não está tão ativo como antes e vai querer ficar deitado na maior parte do dia.

Isso quer dizer que o habitat dele precisará ter algumas mudanças, simples. E que sejam focadas na qualidade de vida dele. Por exemplo, um espaço com mais ênfase na sombra, mas sem abrir mão do sol, que é para ele tomar aquela vitamina D que faz tão bem.
Além do mais, evitar tapetes ou escadas também é legal. Ao contrário, usar os que são antiderrapantes e as rampas de acesso parecem ser a melhor ideia para esse novo momento dele. Tudo para auxiliar o animal na sua fase final da vida. Inclusive, eles costumam gostar mais do silêncio do que de lugares barulhentos.
7 – As visitas ao veterinário para o cachorro idoso
Assim como acontece com os seres humanos, leve em conta que os animais mais velhos também precisam ir ao médico com mais frequência. Ao menos, é o que acontece na teoria. Dessa forma, o acompanhamento pode ser feito em tempos menores.

Se quando jovens, a visita regular no veterinário é anual, no caso de cachorros idosos, isso acontece a cada 6 meses. Se ele tiver mais do que 12 anos, então, precisa ser trimestral, dependendo da avaliação do especialista. Atualmente, existe até mesmo a área de geriatria veterinária, que é focada nessa fase dos animais.
A ideia é que o profissional da saúde canina ajude a identificar e prevenir as possíveis doenças, que são recorrentes da idade. Para se ter uma ideia, é muito comum que cães e cadelas idosos tenham artrose, problemas urinários e até mesmo obesidade, por exemplo.
As raças de cachorros que vivem mais
No último tópico do texto, abaixo, a gente vai mencionar uma curiosidade: o cão mais idoso do mundo. Só que antes disso, vale a pena a gente trazer aqui, a partir de estudos, as raças de cachorros mais longevas, isto é, que vivem mais conforme a expectativa de vida.

Chihuahua é uma raça reconhecida por vários motivos. Eles são enérgicos, protetores e vivem muito. Assim, a idade fica entre 12 e 18 anos. O Lhasa Apso também vive até os 18 anos. Um pouco menos do que os Shin Tzu, que costumam viver até os 16 anos.
Aí, passando um pouco dos 12 anos e chegando até os 15 anos de vida, a gente tem várias raças que poderiam entrar na lista. Por exemplo, o Dachshund, o Boston Terrier, o Lulu da Pomerânia, o Poodle, o Maltês e o Beagle. Os vira-latas, por serem mais resistentes às doenças, também podem viver mais do que 15 anos.
O cachorro mais idoso do mundo
Conforme informações do Guinness Book, Bluey é considerado o cão mais idoso do mundo. O pastor australiano morreu em 14 de novembro de 1939 e tinha 29 anos e 5 meses. Apesar desse registro, há quem diga que existem outros cães mais idosos ainda.
No Brasil, a notícia que se tem é sobre um cachorro da raça Pinscher, que ficou conhecido ao aparecer em matérias de TV. Ele se chamava Fred e tinha 24 anos, o que é duas vezes a idade média dos cachorros idosos. Ele vivia em Xaxim, na cidade de Santa Catarina.