Uma cadelinha que ficou paraplégica após um trágico episódio de violência aguarda ser adotada em um abrigo há 6 longos anos. Paty está sob os cuidados da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa) desde 2015.
Devido à uma grave lesão na coluna causada por maus-tratos, ela não é capaz de andar. Atualmente com 8 anos, portadora de necessidades especiais, a cachorra espera ser notada e ganhar o amor de uma família adotiva, tal qual qualquer outro animal.
"A família antiga da Paty deu ela para o caminhão de lixo levar quando ela estava grávida. Eles, ao invés de pegar a cachorrinha e colocar em algum lugar, jogaram ela do caminhão. Quando ela caiu, já lesionou a coluna", contou Isabel Moura, tesoureira da ONG.
A ninhada de Paty precisou ser retirada através de uma cirurgia cesariana, uma vez que todos os filhotes morreram antes de nascer.
De acordo com a tesoureira, como a cadelinha não caminha e permanece sempre deitada, é feito um revezamento de lados. Na hora de comer, ela fica de um lado. Quando vai dormir, já é outra posição.

Leia também: Cadelinha e sua ninhada de filhotes bebê são resgatados por policiais em posto de combustíveis
No abrigo, Paty mantém uma rotina de acompanhamento fisioterapêutico. De acordo com Isabel, já se nota um avanço em seu estado de saúde. Agora ela já consegue mover umas das patas.
Felizmente, adoções de animais portadores de necessidades especiais têm crescido na Apipa. Histórias com finais felizes como da cadela Babi, que ganhou um lar após cinco anos morando na associação. Babi foi resgatada filhote dentro de uma caixa em um lixão na Vila Irmã Dulce, Zona Sul de Teresina. Ela foi resgatada e em janeiro encontrou uma família.
Já o cãozinho Moisés foi adotado pela professora Andreia Fortes. Mesmo com uma pata quebrada e idade avançada de sete anos, Moisés ganhou um lar no final do ano passado.

Leia também: Mulher entra em terreno baldio para resgatar cachorrinhos que se encontravam acorrentados
"O Moisés é muito fofo, carinhoso, protetor, amigo, ele me faz tanta companhia. Meu filho adora passar tempo com ele também. Ele é especial de verdade", falou a professora.
Recentemente, a mulher adotou outro amigo. Comovida pela história, a professora adotou Sheldom que tem problemas neurológicos devido a sequelas da cinomose. "Porque no início é igual às crianças, tem que tomar vacina. E no caso, ele não tomou a vacina para cinomose. Então a pessoa fez a devolução como se fosse uma mercadoria, aí eu me emocionei com a história dele e trouxe ele para cá", disse.